Roma e Arsenal: razões para um início promissor

Quando se encaminhava o início da temporada do futebol europeu, analistas de diversos meios de comunicação, apontaram os favoritos a levar os títulos nacionais nos grandes centros do futebol do Velho Continente. No que toca a Itália, a maioria dos estudiosos do futebol apontaram Juventus e Napoli, como os favoritos. Na Inglaterra o trio composto pelos rivais de Manchester além do Chelsea de José Mourinho. Acontece que com quase um quarto dos campeonatos passados a realidade é bem diversa da apontada inicialmente. Roma e Arsenal fizeram ruir convicções mostrando um futebol muito bonito, eficiente e liderando os seus campeonatos. Trago alguns fatores que contribuíram para essa situação.








Entender deficiências e supri-las

Era flagrante no elenco do Arsenal, a necessidade de um organizador de jogo. Cazorla a opção mais usada na temporada passada desempenhou o papel muito bem, mas tem seu desempenho potencializado jogando pela ponta esquerda. Rosicky outra opção, demonstra muita instabilidade e propensão a lesões. Sendo assim, após muitas temporadas vendendo estrelas e gastando de forma displicente o seu dinheiro, o Arsenal apostou numa contratação pontual de incalculável impacto. Mesut  Özil (foto), antigo camisa 10 do Real Madrid.



A resposta foi imediata, o time passou a render mais como um todo. Jogadores, como Giroud e Ramsey estão jogando um futebol nunca antes visto. Wilshere tem jogado de forma cada vez mais consistente. Cazorla pôde jogar na sua posição preferida e agora tem com quem estabelecer um letal diálogo. Özil é sem dúvida a principal razão para o sucesso dos gunners.

Com diferentes necessidades a Roma, apostou em muitos reforços, mas reforços bem pensados e contratos sob o olhar do novo treinador, Rudi Garcia, que levou o Lille a um patamar muito elevado no campeonato francês. Para isso contou com uma fortuna vinda das vendas do zagueiro brasileiro Marquinhos e do meia argentino Lamela. Para a vaga do zagueiro chegou Benatia da Udinese. Para a vaga de Lamela, veio Gervinho (foto), jogador da máxima confiança do treinador que o havia comandado no Lille, e a ótima promessa sérvia Ljalic.

Outra deficiência que o time da Roma possuía era no meio-campo. Para isso chegou o organizador holandês Strootman, que rapidamente se entrosou com Pjanic e De Rossi. Além dele chegaram também dois jogadores de peso: o goleiro De Sanctis e o lateral Maicon, reforços de baixo custo, com grande acumulo de experiência e capazes de resolver problemas. O acerto do time aconteceu e isso ainda tem ajudado o jovem Florenzi e o experiente Totti, que voltou a grande forma causando apelo pela sua convocação para a disputar a próxima Copa do Mundo no Brasil.

Os desacertos dos rivais

Enquanto Arsenal e Roma estão voando, seus rivais estão reticentes, cometendo tropeços bobos. Na Inglaterra Chelsea e Manchester City ainda buscam a sintonia fina, já o United vive péssima fase. Sem reforços de peso o clube já se mostra inapto à disputa do título. Quem tem ameaçado os Gunners é o Liverpool, mas é um time menos consistente que o Arsenal. Já na Itália, a favorita Juventus, convive com alguns problemas. As especulações quanto ao futuro do pensador Pirlo, a má fase do fantástico goleiro Buffon e os desacertos no ataque com a chegada de Tevez que ainda não embalou, tem prejudicado o time. Já o Napoli, está jogando um futebol bonito, mas no confronto direto com a Roma não foi páreo para o clube de Capital. Milan, Inter e os demais estão alguns patamares técnicos abaixo da Roma.

A ausência de pressão

Apesar de se tratar de clubes muito grandes, com muita história e vindos de longo período sem títulos, no início da temporada não se esperavam grandes sucessos dos clubes. No momento é completamente surpreendente o excepcional rendimento dos clubes, os torcedores estão apoiando incondicionalmente e a mídia está encantada com a beleza do futebol apresentado pelos líderes dos Campeonatos Inglês e Italiano. Exemplo claro foram os maravilhosos gols do Arsenal contra o Norwich, na vitória por 4x1.

Torcida da Roma
Arsenal e Roma podem até não ser campeões, mas seu renascimento e sua aparição no rol dos candidatos ao título de suas nações, já pode ser considerada uma vitória para times, torcedores e para os campeonatos.

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