Elas vêm aí: Coreia do Sul e Costa do Marfim

Depois de falar um pouco sobre as seleções do Chile e da Colômbia, chegou a vez de tratar da asiática Coreia do Sul e da africana Costa do Marfim.













COREIA DO SUL

Time esperado: Jung Sung-Ryong; Yong Lee, Jeong-Ho Hong (Tae-Hwi Kwak), Young-Gwon Kim, Jin-Su Kim; Sung-Yueng Ki, Ja-Cheol Koo; Chung-Youg Lee, Bo-Kyung Kim, Heung-Min Son; Shin-Wook Kim (Dong-Gook Lee). Téc. Myung-Bo Hong               

Grupo: H. Com Bélgica, Rússia e Argélia.

Expectativa: Fica na primeira fase.

Histórico: Disputou oito copas. 15ª colocada no último mundial.


Em 2002, a seleção alcançou
a quarta colocação da Copa.
Uma das grandes potências no futebol asiático e com presença ininterrupta em Copas do Mundo, desde o mundial de 1986 no México, a seleção sul-coreana é também a equipe da Ásia que conseguiu o melhor desempenho numa edição do torneio. Isso aconteceu em 2002, quando, junto com o Japão, sediou a competição. Nessa ocasião a Coreia do Sul, liderada por Park Ji-Sung, que atuaria longos anos no Manchester United conquistou a quarta colocação do mundial.

Hoje, sem a sua grande estrela – que optou pela aposentadoria da seleção para estimular o aparecimento de novos  talentos nacionais –, a Coreia apresenta novos bons valores, sobretudo os meio-campistas Ki, do Sunderland, e Koo, do Mainz, e o atacante Son do Bayer Leverkusen. A meia cancha é o setor melhor servido e tem bom toque de bola. Já a defesa pode ser o grande problema.

O gol sul-coreano deverá ser protegido pelo golquíper Jung Sung-Ryong. Desde 2007 defendendo o selecionado nacional, tem em seu currículo mais de 50 partidas pela equipe e passagens por Pohang Steelers, Seongnam Ilhwa e Suwon Bluewings. Apesar de ter uma carreira de sucesso em seu país, Jung é mais conhecido por algumas falhas clamorosas (como a cometida na partida entre Suwon Bluewings e Phang Steelers) do que propriamente por grandes defesas.

A lateral direita deverá ser ocupada por Yong Lee, jogador do Ulsan Hyundai e que recebeu muitas oportunidades nas últimas partidas de sua seleção. Apesar de ter menos experiência que seu concorrente, Bum-Seok Oh, que disputou a última Copa do Mundo e chegou a atuar no futebol russo, ganhou a preferência do treinador Myung-Bo Hong. Na esquerda Jin-Su Kim, jogador do japonês Albirex Niigata, também parece ter ganhado a titularidade nos últimos jogos da Coreia, e, aos 21 anos, deverá ser o titular da equipe.

A dupla de zaga, formada por Jeong-Ho Hong e Young-Gwon Kim, ganhou estatura, mas segue sendo o principal ponto fraco da equipe. Apesar de altos – 1,88m e 1,87m, respectivamente – os dois zagueiros são lentos e dispõe de muito pouca técnica. Os defensores são jovens e atuam fora do país. Kim (23), joga no Guangzhou Evergrande e Hong (24) no Augsburg. Corre por fora, ainda, o experiente Kwak Tae-Hwi (32), do Al Hilal.

Última escalação da Coreia do Sul
O meio-campo, setor mais forte do time, conta com as presenças de Ki e Koo, jogadores que aliam bom poder de marcação e boa saída de bola. Ambos carregam consigo a importante experiência do futebol europeu e tem a seu favor, ainda, a juventude. Ki, atualmente no Sunderland, ganhou destaque jogando no Celtic e foi bem em sua passagem pelo Swansea City. Já Koo, foi contratado pelo Wolfsburg em 2011, mas só teve destaque na última temporada, quando esteve emprestado ao Augsburg. No último mês mudou-se para o Mainz 05, que faz ótima campanha na Bundesliga.

Mais à frente, na linha de três meias, a seleção sul-coreana conta com mais três jogadores jovens mas com muita bagagem. Pelo lado direito Lee é uma das principais referências da equipe. Remanescente da equipe que disputou a última Copa do Mundo, joga, desde 2009, no Bolton Wanderers. Mais ao centro, quem comanda as ações é Kim, meio-campista do Cardiff City. Aos 24 anos tem em seu currículo um título da Championship, a segunda divisão inglesa. Já pela ponta esquerda, atua o principal destaque da nova geração do país: Son, de 21 anos. Veloz, leve e bom finalizador, é a principal esperança da equipe e tem sido um dos principais jogadores da boa campanha do Bayer Leverkusen.

Isolado no ataque Shin-Wook Kin tem sido a opção mais utilizada. Atacante do Ulsan Hyundai, chama atenção por seu tamanho, 1,96m, que deixa claro que a equipe explorará a bola aérea. Quem pode tomar-lhe a vaga é o experiente Don-Gook Lee, de 34 anos e que disputou as Copas de 1998 e 2010.


Num grupo com Bélgica e Rússia é muito difícil que a Coreia do Sul consiga passar de fase. Mas milagres acontecem e a nova safra do país tem em quem se inspirar: a seleção de 2002, que eliminou Itália e Espanha.
























COSTA DO MARFIM

Time esperado: “Copa” Barry; Aurier, Kolo Touré, Bamba (Zokora), Boka (Tiené); Tioté, Romaric, Yaya Touré; Gervinho (Bony), Drogba e S. Kalou (Doumbia). Téc. Sabri Lamouchi

Grupo: C. Com Colômbia, Grécia e Japão.

Expectativa: Brigará por uma vaga nas oitavas de final

Histórico: Disputou as Copas do Mundo de 2006 e 2010. 17ª colocada no último mundial.


Em 2006 a Costa do Marfim
disputou sua primeira Copa.
Com uma grande, porém envelhecida, safra de jogadores, a seleção da Costa do Marfim terá, provavelmente, sua última chance de ter sucesso com esses jogadores. A seu favor tem a presença de Yaya Touré, tranquilamente um dos cinco melhores meio-campistas centrais do mundo, e de outros jogadores que também vivem grande fase em suas equipes, casos de Gervinho e Bony.

O grupo em que caiu não é dos mais fáceis, mas é possível conseguir uma vaga na fase seguinte. Seu ponto fraco segue sendo o mesmo a defesa. Se já não era privilegiada na última Copa, está ainda pior agora. Kolo Touré, outrora um fantástico zagueiro no Arsenal, é, agora lembrado por uma série de lambanças que tem cometido.


O goleiro em questão é Boubacar “Copa” Barry. Aos 34 anos, e presente nas duas últimas Copas do Mundo, é um arqueiro baixo (1,81m) e muito inseguro. Apesar disso, é o que há de melhor no país e faz, eventualmente, partidas espetaculares. Desde 2007 defende as cores do Lokeren da Bélgica.

As laterais possuem jogadores com técnica razoável e grande velocidade, sendo muito efetivos no apoio ao ataque. Contudo, apresentam muitas deficiências defensivas, o que aumenta consideravelmente o trabalho dos volantes e deixa, frequentemente, a zaga desguarnecida. Pelo lado direito atua Serge Aurier, lateral do Toulouse e pela esquerda Arthur Boka, do Stuttgart. Na ausência deste, quem pode assumir a lateral é Siaka Tiene, ex-PSG e atualmente no Montpellier. Uma última, e remota, possibilidade é a utilização de Aurier pelo flanco contrário, coma entrada do volante Jean-Jacques Gosso na direita.

A dupla de zaga, formada por Kolo Touré e Sol Bamba, é como falado, o principal problema da equipe. Hoje lentos e atrapalhados com a bola, os zagueiros podem facilmente se complicar frente aos ataques adversários, principalmente o colombiano. Suas qualidades são as bolas aéreas, a força e o bom posicionamento. Ademais, são muito experientes. Quem chegou a atuar por este setor nos últimos tempos foi o volante Didier Zokora, bom marcador, mas também envelhecido e baixo.
O forte meio-campo marfinense é composto por três jogadores que aliam marcação e boa qualidade técnica. Dentro desse perfil, quem mais se diferencia é Cheick Tioté, jogador mais afeito à contenção e, em alguns momentos muito violento. Contudo, tem bom chute de média distância. Seus companheiros, Romaric e Yaya Touré, são altos, fortes, tem boa visão de jogo, e, especialmente Touré, tem excelente chegada ao ataque. Estes dois últimos são típicos meio-campistas box-to-box.
No ataque os africanos dispõe de muito poder de fogo e velocidade. Há um impressionante leque de opções.  No centro do ataque o titular e capitão é o fantástico e histórico Didier Drogba, mas, numa eventual ausência pode ser substituído por Wilfried Bony, que vive um momento especial no Swansea City, tendo marcado 17 gols na temporada,  ou, ainda, por Seydou Doumbia, do CSKA.
Pelos lados as opções são Gervinho, que deixou o Arsenal para voltar a brilhar sob o comando do francês Rudi García na Roma e Salomon Kalou, ex-Chelsea e peça-chave no esquema do Lille. Na ausência dos wingers a equipe pode atuar com outro centroavante aberto, já que todos tem boa técnica e velocidade.
Sem ter tido azar no sorteio como acontecera em 2006 – quando caiu num grupo com Argentina, Sérvia e Holanda – e 2010 – quando dividiu grupo com Brasil, Portugal e Coreia do Norte – a Costa do Marfim tem, enfim, possibilidade de passar de fase e, pela idade da maioria de seus jogadores, tem sua última chance. 


Comentários