Times de que Gostamos: Monaco 2003-2004

Depois de lembrar do interessante time do Braga, da temporada 2010-2011, rememoro um time que bateu em gigantes europeus e por pouco não conquistou a maior glória de sua história, o Monaco da temporada 2003-2004.

Em pé: Ibarra, E. Cissé, Roma, Morientes, Zikos, Bernardi.
Agachados: Givet, Giuly, Rothen, Rodríguez e Evra.
Time: Monaco

Período: 2003-2004

Time base: Roma; Ibarra, J. Rodríguez (Squillaci), Givet, Evra; Edouard Cissé, Bernardi, Zikos (Plasil), Rothen; Giuly e Morientes (Prso). Téc. Didier Deschamps

Conquistas: Nada.



Então campeão da Copa da Liga da França, o Monaco começou a temporada 2003-2004 sem uma de suas referências. O zagueiro/volante Rafa Márquez fora vendido ao Barcelona. Todavia, com importância, foi a única perda do elenco monegasco. Em contrapartida, chegaram os bons jogadores Hugo Ibarra, Édouard Cissé e o artilheiro Fernando Morientes – que seria o principal goleador da equipe na temporada, com 22 gols.

Com um time que controlava bem as ações do meio-campo, tinha a velocidade e o talento de Ludovic Giuly (que sairia para o Barcelona ao fim da temporada) e poder de fogo no centro do ataque, recheado de ótimas opções, o clube fez temporada surpreendente, sendo finalista na UEFA Champions League e terceiro colocado no Campeonato Francês (quatro pontos atrás do campeão Lyon).

O fortíssimo ataque da equipe ficou evidente em algumas goleadas na temporada. PSG (4x2), Lyon (3x0), Montpellier (4x0), Deportivo La Coruña (8x3), AEK Athens (4x0), Real Madrid (3x1) e Chelsea (3x1) testemunharam a efetividade do ataque alvirrubro.

No gol, Les Rouges et Blancs contaram com uma verdadeira bandeira do clube. Flavio Roma (foto), arqueiro italiano, defendeu o clube em mais de 200 jogos, entre 2001 e 2009 e, depois de rápida passagem pelo Milan, voltou à equipe, figurando, ainda hoje, no elenco. Contudo, agora na reserva.  Durante o seu período mais brilhante, em meados da última década, chegou a rejeitar uma saída para o Arsenal e a ganhar oportunidades na seleção italiana.

Pelo lado direito da defesa, os monegascos contaram com a boa forma do argentino Hugo Ibarra, um verdadeiro trator pelo lado. Com muita capacidade física, conseguia atacar e defender com eficiência, sendo uma boa alternativa para a saída de bola da equipe. Do lado oposto, o francês Patrice Evra (foto), então jovem, lançava-se ao ataque e queria jogar como ponta esquerda, pedido negado por seu técnico, o capitão da Seleção Francesa campeã mundial de 1998, Didier Deschamps. O tempo provou o acerto do treinador e Evra se firmou com um dos grandes laterais de sua geração.

No miolo de zaga, o time tinha os seguros Julien Rodríguez e Gael Givet (foto). Formados no Monaco, os dois zagueiros tinham boa qualidade técnica e não eram dos mais altos (1,85m e 1,81m, respectivamente). Givet, que foi à Copa do Mundo de 2006, inclusive, começou sua carreira como lateral esquerdo, denotando sua categoria.

Na destruição das jogadas adversárias e proteção da defesa, o time contou com a presença do bom volante Edouard Cissé (foto). Com pernas longas e muito fôlego, constantemente aparecia como elemento surpresa e proferia potentes e bons chutes de média distância. A seu lado, fazendo a transição do meio campo para o ataque, atuaram o argentino Lucas Bernardi e o grego Akis Zikos. O primeiro tinha excelente visão de jogo, sendo muito importante na armação da equipe, já o segundo, ajudava a dar movimentação ao meio e tinha bom passe.

Liderando a criação do clube, Jerome Rothen (foto) desfilou categoria com sua excepcional perna esquerda. Habilidoso, rápido, e dono de uma capacidade de finalização excepcional – sendo peça vital na cobrança de bolas paradas – o francês foi uma das grandes estrelas do time. Não fossem algumas lesões e problemas extracampo, poderia ter tido uma carreira fantástica. É, sem dúvida, um grande e desperdiçado talento. Podia jogar como um autêntico camisa 10 ou como ponta esquerda.

Mais à frente, Deschamps apostou na velocidade de seu capitão, Ludovic Giuly (foto), e no faro de gol de Fernando Morientes (foto). Sempre pelo lado direito, o francês Giuly era uma bala. Habilidoso, participativo e bom finalizador, tinha também muita garra e se firmou como o principal referência deste grande time. Já o espanhol, era o responsável pelos gols, o que fazia com muita eficiência.

Além do bom treinador, Didier Deschamps, hoje na Seleção Francesa, o banco de reservas tinha opções de grande valia. Para a zaga, Sebastien Squillaci; para o meio-campo, Jaroslav Plasil; e para o ataque, o poderoso atacante croata Dado Prso – autor de quatro gols contra o Deportivo La Coruña, na UEFA Champions League –, o competente Shabani Nonda, oitavo maior artilheiro da história do time, e o jovem Emmanuel Adebayor

Ficha técnica de algumas partidas importantes nesse período:

Fase de Grupos da UEFA Champions League: Monaco 8x3 Deportivo La Coruña

Estádio Louis II, Monaco

Árbitro: Terje Hauge

Público 17.000

Gols: ‘2 Rothen, ’11 Giuly, ’26, ’30, ’45, ’49 Prso, ’47 Plasil, ’67 Cissé (Monaco); ’39 e ’52 Diego Tristán e ’44 Lionel Scaloni (Deportivo)

Monaco: Roma; Squillaci, J. Rodríguez, Givet, Evra (Ibarra); E. Cissé, Bernardi, Plasil (Zikos), Rothen; Giuly e Prso (Adebayor). Téc. Didier Deschamps

Deportivo: Molina (Munúa); Manuel Pablo (Munitis), Naybet, Jorge Andrade, Romero; Mauro Silva, Sergio (Pandiani), Scaloni, Amavisca; Valerón e Tristán. Téc. Irureta

Quartas de finais da UEFA Champions League: Monaco 3x1 Real Madrid

Estádio Louis II, Monaco

Árbitro: Pierluigi Colina

Público 18.000

Gols: ’45 e ’66 Giuly, ’48 Morientes (Monaco); ’36 Raúl (Real Madrid)

Monaco: Roma; Ibarra, J. Rodríguez, Givet, Evra; E. Cissé, Plasil, Rothen; Giuly (El Fakiri), Morientes (Adebayor) e Prso (Nonda). Téc. Didier Deschamps

Real Madrid: Casillas; Salgado (Raúl Bravo), Helguera, Mejía, Roberto Carlos; Borja (Solari), Guti (Portillo), Zidane, Figo; Raúl e Ronaldo. Téc. Carlos Queiroz

Semifinais da UEFA Champions League: Monaco 3x1 Chelsea

Estádio Louis II, Monaco

Árbitro: Urs Meier

Público 18.500

Gols: ’17 Prso, ’78 Morientes, ’83 Nonda (Monaco); ’22 Crespo (Chelsea)

Monaco: Roma; Ibarra, J. Rodríguez, Givet, Evra; Bernardi, Zikos, Rothen (Plasil); Giuly (Nonda), Morientes, Prso (E. Cissé). Téc. Didier Deschamps

Chelsea: Ambrosio; Melchiot (Hasselbaink), Desailly, John Terry, Bridge; Makelele, Lampard, Scott Parker (R. Huth), Gronkjaer (Verón); Crespo e Gudjohnsen. Téc. Claudio Ranieri

Final da UEFA Champions League: Monaco 0x3 Porto

Estádio Arena AufSchalke, Gelsenkirchen

Árbitro: Kim Milton Nielsen

Público 53.040

Gols: ’39 Carlos Alberto, ’71  Deco e ’75 Alenichev  (Porto)

Monaco: Roma; Ibarra, J. Rodríguez, Givet (Squillaci), Evra; E. Cissé (Nonda); Bernardi, Zikos, Rothen; Giuly (Prso) e Morientes. Téc. Didier Deschamps

Porto: Vitor Baia; Paulo Ferreira, Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Nuno Valente; Costinha, Maniche, Pedro Mendes e Deco (Pedro Emanuel); Carlos Alberto (Alenichev) e Derlei (Benni McCarthy). Téc. José Mourinho

Comentários

  1. excelente matéria ! Parabéns msm ! Abraço aqui do Monaco Brazil !

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  2. Perdi demais na parte conquistas: Nada. No seco KKKKKKKKKKKKKKKKKK
    AMEI A PAGINA, VOU USAR SEMPRE!!!

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