Juventus movimenta mercado e vira incógnita para 15-16
Todo sucesso traz consigo inevitáveis consequências – boas ou ruins. De 2011 a 2015, a Juventus conquistou o tetracampeonato italiano, uma Coppa Italia e duas Supercopas Italianas. Nesses anos, no entanto, sem maior sucesso além-fronteiras, o clube nunca esteve tão em evidência como agora (com o vice-campeonato da UEFA Champions League), tornando-se um dos maiores focos de interesse da presente janela de transferências.
Tévez e o Boca: final anunciado há tempos
Ainda não é oficial, mas segundo
tudo o que tem sido especulado pela imprensa global é questão de tempo o
retorno de Carlitos Tévez ao seu querido Boca Juniors. Apesar de ser chocante a
realidade, afinal causa muita estranheza um jogador decidir voltar a seu país
de origem e disputar um campeonato tecnicamente inferior no auge de sua
carreira, em seu esplendor, a conexão
dos jogadores formados no clube Xeneize
com a instituição muitas vezes ganha contornos distintos do esperado.
Tévez nunca escondeu que desejava
voltar a vestir o azul e o amarelo que lhe deram tudo o que tem. Além disso, sempre
deixou clara sua intenção de fazê-lo antes do final de sua carreira, enquanto
ainda tivesse condições de contribuir com muita qualidade para eventuais
sucessos do clube. Esse é Carlitos, um jogador que segue a estirpe de Juan
Román Riquelme, que também voltou a La Bombonera em seu auge, aos 29 anos, após
conduzir o modesto Villarreal à semifinal da UEFA Champions League de
2006-2007.
Embora tenha sido sempre sabido o
desejo de Tévez, com apenas mais um ano de contrato com o clube de Turim,
esperava-se que o argentino permanecesse até o final de seu vínculo.
Nesse momento, a praticamente consumada saída do goleador traz consigo uma necessidade de reposição e será dificílimo para a Juve encontrar uma peça que substitua o camisa 10 por um valor razoável, como os aproximados €10 Milhões que levaram o Apache à Juventus – prova disso são os especulados €19 Milhões pagos por Mario Mandzukic, bom atacante, mas que não tem de forma alguma a qualidade e o impacto de Tévez.
Nesse momento, a praticamente consumada saída do goleador traz consigo uma necessidade de reposição e será dificílimo para a Juve encontrar uma peça que substitua o camisa 10 por um valor razoável, como os aproximados €10 Milhões que levaram o Apache à Juventus – prova disso são os especulados €19 Milhões pagos por Mario Mandzukic, bom atacante, mas que não tem de forma alguma a qualidade e o impacto de Tévez.
Carlitos decidiu jogos sozinho durante
os últimos anos e a equipe italiana terá que buscar uma peça com essa
capacidade, ou conformar-se em, mais do que nunca, praticar um jogo coletivo.
O possível desmanche de um grande meio-campo
Após os sucessos Bianconeros, muito foi dito sobre a
brilhante construção do meio-campo, feito pela diretoria da Juventus. Andrea
Pirlo, Claudio Marchisio, Arturo Vidal e Paul Pogba, juntos, custaram apenas €12,5
Milhões aos cofres italianos, todo este valor dispendido na negociação do
chileno.
Donos de excelentes qualidades, nas
últimas temporadas, Marchisio, Vidal e Pogba provaram sua qualidade tanto na
esfera doméstica quanto na continental. Além disso, Pirlo demonstrou que ainda
tinha muito futebol para jogar até o termo de sua carreira. Com isso, os quatro
passaram a ficar em evidência no mercado de transferências atual.
Enquanto Vidal, que faz boa Copa
América com a Seleção Chilena, tem sido ligado fortemente ligado a uma
transferência para o Arsenal, que teria oferecido £21,3 Milhões por seus
serviços, Pogba tem sido cortejado por praticamente todos os clubes do grupo
dos maiores e mais ricos do planeta, esquadras do porte de Real Madrid, Barcelona,
Manchester City, Chelsea e Paris Saint-Germain.
Marchisio, o menos badalado dos nomes do meio-campo alvinegro, teve seu nome cogitado em Arsenal e Liverpool. Fugindo a regra, Pirlo, que já está com 36 anos, pode se transferir para o futebol norte-americano, onde defenderia o New York City, juntando-se aos astros Frank Lampard e David Villa.
Marchisio, o menos badalado dos nomes do meio-campo alvinegro, teve seu nome cogitado em Arsenal e Liverpool. Fugindo a regra, Pirlo, que já está com 36 anos, pode se transferir para o futebol norte-americano, onde defenderia o New York City, juntando-se aos astros Frank Lampard e David Villa.
É evidente que nem todos os
jogadores devem deixar Turim, mas é provável que ao menos dois deixem o
Juventus Stadium, algo que poderia ser decisivo para as pretensões futuras da
equipe, que tem no meio-campo seu setor mais consistente.
Ciente desse perigo, a direção Bianconera tratou de comprar o restante dos direitos de Roberto Pereyra (foto) junto à Udinese, mantendo-o no clube. Embora não tenha o nível de seus concorrentes, o argentino, mostrou qualidades na última temporada e sua permanência é um ponto positivo.
Ciente desse perigo, a direção Bianconera tratou de comprar o restante dos direitos de Roberto Pereyra (foto) junto à Udinese, mantendo-o no clube. Embora não tenha o nível de seus concorrentes, o argentino, mostrou qualidades na última temporada e sua permanência é um ponto positivo.
Outro jogador que chega para ficar é Sami Khedira, internacional alemão que estava no Real Madrid. Valendo-se de seu histórico de bom negociador, o clube italiano fechou a contratação do consistente volante sem custos, algo que deve ser extremamente valorizado.
No entanto, embora tenha mais
capacidade física e defensiva que seus concorrentes, não tem em seu leque de
qualidades uma saída para o jogo mais incisiva, dando menos fluidez ao setor,
se comparado a Vidal, Pirlo, Marchisio, Pogba e até mesmo a Pereyra. Khedira
foi um excelente negócio, mas não é um jogador que substitui precisamente seus
companheiros, demandando alguma adaptação.
A despeito disso, é óbvio que eventuais
vendas de seus craques – exceção feita a Pirlo – renderão alguns milhões aos
cofres italianos, que terão meios de reformular a equipe, o que é sempre bom, mas traz
consigo algum risco.
Novo ataque: por que não dar uma chance a Berardi?
Além de Khedira e Pereyra, a
Juventus assegurou os serviços de dois atacantes que podem agregar muito à
equipe. Jovem destaque do Palermo, Paulo Dybala chega à Juve cercado de expectativas. Autor de 13 gols e 10 assistências
nos 34 jogos que disputou pelo Campeonato Italiano 2014-2015, o argentino de 21
anos foi contratado por aproximadamente €30 Milhões, deixando claro que sua
aposta constitui uma grande esperança de que seu futebol desabroche em Turim e
que o canhotinho consiga substituir Tévez, assumindo o protagonismo na equipe.
Mandzukic, por outro lado, é uma tentativa da equipe de voltar a ter um centroavante decisivo, que, se bem servido, poderá fazer a diferença para a equipe. Brigador, alto e forte, o croata traz à equipe o que Fernando Llorente conseguiu em ocasiões esparsas. Na última temporada, Mario marcou 20 gols em 43 jogos e não conseguiu alcançar o nível que o Atlético de Madrid esperava dele. Não foi o substituto ideal de Diego Costa. Ainda assim, é um jogador em quem vale apostar.
Os negócios da Juve para o ataque (Dybala e Mandzukic)
transparecem algo com clareza: o clube fez apostas para o setor ofensivo.
Enquanto Dybala é apenas um garoto em ascensão, Mandzukic é um goleador que
busca voltar a sua melhor forma. Com isso em mente, porque a Juventus preteriu
o também garoto Domenico Berardi?
Cria do Sassuolo, o italiano
chegou a ser contratado em regime de co-propriedade pela Juventus, seguindo em
seu clube originário nas últimas duas temporadas. Aos 20 anos, o jovem já pode
dizer que tem marcas muito expressivas atuando na Serie A.
Em 103 jogos, já marcou 42 gols e proveu 28 assistências. Em 2013-2014, marcou 16 vezes em 29 jogos; e em 2014-2015 foram 15 tentos em 32 encontros. Ainda muito jovem, o versátil atacante – que pode atuar por ambas as pontas e pelo centro do ataque, preferindo, todavia, o lado direito – já tem experiência no futebol italiano e números excelentes.
Em 103 jogos, já marcou 42 gols e proveu 28 assistências. Em 2013-2014, marcou 16 vezes em 29 jogos; e em 2014-2015 foram 15 tentos em 32 encontros. Ainda muito jovem, o versátil atacante – que pode atuar por ambas as pontas e pelo centro do ataque, preferindo, todavia, o lado direito – já tem experiência no futebol italiano e números excelentes.
A despeito disso, o clube
preferiu vender o restante de sua parte por £8,8 Milhões ao Sassuolo, seguindo
com uma preferência de recompra para o final da temporada 2015-2016. Não terá
Berardi provado o suficiente para fazer valer a aposta da Juventus?
Apesar de seu reinado na Itália nos últimos anos e de seu sucesso recente na UEFA Champions League, a Juventus passa a ser uma incógnita para a temporada 2015-2016. Provavelmente sem seu maior craque e sem alguma (s) referência (s) do meio-campo, a equipe passará por um profundo reajuste nos setores de meio e ataque, o que certamente traz consigo algumas dúvidas sobre o novo encaixe Bianconero.
É possível que a equipe se modifique e até mesmo
evolua, porém, nesse momento, com a ebulição de incontáveis especulações, é
temerário fazer quaisquer afirmações. O certo é que: após sucessivos êxitos,
a Juventus movimenta o mercado e vira uma boa incógnita para a temporada
2015-2016.
Muito boa análise.
ResponderExcluirE quanto ao "camisa 10", que se especula na Itália? Oscar e Isco são os mais cotados, segundo as informações. Alguma novidade?
Abraço!
Sobre o Oscar, li que seu agente teria negado qualquer possibilidade de o jogador partir para a Juve. Quanto ao Isco, é um rumor recente, ainda não li nada mais concreto. Voltando ao brasileiro, há rumores de que poderia ser envolvido em uma negociação pelo Pogba.
ExcluirApesar de gostar bastante do Morata, ainda acho o Mandzukic melhor jogador e mais decisivo. E também não acho que ele esteja em má forma, pois foi para uma equipe que geralmente joga distante da baliza adversária, e o croata é um centroavante mais clássico. Mesmo assim ainda teve bons números, como mostrado no Post. Acho que o ataque a Juve pode até ser melhor que o do ano passado se o Dybala continuar evoluindo.
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