A Seleção da Ucrânia largou bem na disputa por uma vaga na Euro 2016, após vencer a Eslovênia na primeira partida do play-off eliminatório, por 2x0. Para a disputa, o treinador Mikhail Fomenko, ex-jogador do grande time do Dynamo de Kiev da década de 70, convocou sete jogadores de seu ex-clube, alinhando uma equipe que se aproveitou do entrosamento vindo do próprio time, algo que deu muito certo e promete ser repetido na partida de volta.
Mais relevante ainda do que
usufruir do conhecimento mútuo que existe entre os jogadores do clube da
capital ucraniana é o fato de que o setor de meio-campo da seleção do país, especificamente, é majoritariamente
composto por jogadores do Dynamo. Garantindo liberdade para os avanços dos
melhores jogadores da equipe, Evgen Konoplyanka e Andriy Yarmolenko (que atua
no Dynamo), um trio de meio-campistas fez ótimo papel: Sergiy Rybalka, Denys
Garmash (foto) e Sergiy Sydorchuk, companheiros de clube e seleção.

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Se atuassem em equipes diferentes
já seria interessante observar a conjugação destes atletas no meio ucraniano, o
que ganha contornos ainda melhores conhecendo o fato de que estes jogadores
sabem quais são os movimentos preferidos uns dos outros. Se um deles avança, os outros
mantêm o setor protegido e vice-versa. Para o balanço da Seleção Ucraniana isso
é fundamental, uma vez que os meias têm que trabalhar muito duro para garantir
a solidez da equipe, posto que os pontas, grandes diferenciais do time,
precisam ter espaço e liberdade.

Esta ainda não é a formação
habitual da equipe de Fomenko, mas tem uma tendência a se tornar, uma vez que o
vice-capitão ucraniano, Ruslan Rotan, já está com 34 anos. Embora ainda seja
titular na maior parte das partidas, é difícil acreditar em uma sequência de
longo prazo com sua presença, sobretudo quando vislumbrada em contraste com a juventude de Rybalka (foto abaixo),
Sydorchuk e Garmash, de 25, 24 e 25 anos, respectivamente.
Diante de uma pobre Seleção
Eslovena, que muito depende da técnica dos irregulares Kevin Kampl, Josip
Ilicic e Valter Birsa, é bem possível que a Ucrânia avance e consiga sua vaga
na Euro 2016, sendo uma equipe que vale a pena acompanhar. Seu jogo mostra um
comportamento tático interessante e disciplinado, bola no chão, velocidade e
drible – muito disso aproveitado do Dynamo de Kiev.
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Para o futuro, além de Rotan,
Anatoliy Tymoshchuk deverá perder espaço, aumentando o terreno para o trio do
Dynamo. Há ainda outros jogadores com características um pouco distintas, casos
do meia-atacante Ruslan Malinovsky e do volante Taras Stepanenko, jogadores de
Zorya e Shakhtar Donetsk, respectivamente, mas, como dito, a opção pela espinha
dorsal do clube de Kiev é sábia e pode confirmar-se habitual com o tempo.
Contra a Eslovênia isso mostrou-se um acerto, cabe a Fomenko avaliar a
continuidade ou não desta prática.
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