O São Paulo vive seu pior momento na história. Até a vitória no amistoso contra o Benfica a seqüência negativa era a pior da história do clube. Foram 14 jogos sem vitória, 11 derrotas e três empates (e apesar da vitória em Portugal o clube voltou a perder para o japonês Kashima Antlers e para a Portuguesa). Do clube modelo da década passada resta pouco. Trago alguns fatores determinantes para a crise atual do São Paulo.
1 - Lucas:
a dependência

Mas esse não seria o principal
problema. Afinal um time não tem 11 jogadores? E os outros 10? Foi criada uma
dependência nos clube. O jeito de jogar da equipe ficou condicionado ao desempenho
de Lucas. Sem ele os outros jogadores perderam sua liderança técnica e seu
desafogo, e dessa forma foram sucumbindo, até o ponto em que o São Paulo chegou
nesse momento.
2 - Ganso, Lúcio
e outros: más contratações

3 - Técnicos
no fogo: o estopim das crises

Tenho totais dúvidas quanto a
esse tipo de medida. Levando em consideração a baixa qualidade das opções
disponíveis no mercado acho uma besteira imensa os clubes insistirem em trocar
de treinador e no São Paulo pós-Muricy isso é rotina. Passaram pelo clube
Ricardo Gomes, Adílson Batista, Paulo César Carpegiani, Emerson Leão e Ney
Franco, todos sem sucesso.
Agora o clube paulista aposta em
Paulo Autuori muito mais pela história dele no clube com o título da
Libertadores e do Mundial de 2005, do que pela qualidade dos trabalhos
recentes. Exceto pelo desgaste criado, acho uma medida desesperada de um clube
desestruturado a demissão de Ney Franco.
4 – A dinastia
de Juvenal Juvêncio
Tudo que é absoluto torna-se
burro. Essa máxima aplicável em diversas esferas da sociedade ficou mais que
provada no São Paulo. Juvenal Juvêncio, aquele que se gabava de dirigir o clube
modelo do Brasil, agora não usa mais o São Paulo como exemplo. Toda entrevista
dele agora ele precisa falar do Corinthians. Após alterar o estatuto do clube paulista,
o mandatário conseguiu mais um mandato e está no terceiro. Com idéias ultrapassadas e cada dia mais
intolerante (e intolerável), Juvenal tem perdido a cada dia uma oportunidade de ficar calado. E
isso só aumenta a profundidade do buraco em que o São Paulo se colocou.
5 –
Interferências na gestão da equipe

Aliás, já ouve casos noticiados recentemente de
ingerência da direção na escalação da equipe, algo tão antigo quanto pensar que
a solução para os problemas dos clubes são as trocas de treinador.
Por fim, resta aos torcedores do
São Paulo torcer para que jogadores que ainda não mostraram desempenho bom –
mas que já o fizeram em outras equipes – consigam o mesmo no seu time, torcer
para que desembarquem em seus clubes jogadores qualificados e, principalmente, torcer
para que o clube comece a aprender com todos os passos errados dados por ele
próprio nos últimos anos.
Bem, Jorge Nuno Pinto da Costa não concordaria com a proposição assinalada no item quatro.
ResponderExcluirO F. C. Porto é uma entre algumas experiências de continuidade administrativa que dão certo.
Espero, sinceramente, que A. Kalil fique no C.A.M. por longo longo tempo...