Elas vêm aí: Inglaterra e Irã

Depois de falar sobre as seleções da Holanda e de Honduras, que estarão nos grupos B e E, respectivamente, trato do English Team e da Seleção Iraniana.



INGLATERRA

Time base:  Joe Hart; G. Johnson (Walker), Cahill, Jagielka (Smalling), Baines; Gerrard, Wilshere, Henderson (Townsend); Sterling (Lallana), Sturridge e Rooney. Téc. Roy Hodgson

Grupo: D. Com Costa Rica, Itália e Uruguai.

Expectativa: Briga com Uruguai e Itália pela classificação.

Histórico: 13 participações em Copas. Campeã em 1966


Campeão em 1966, Gordon Banks
é considerado o melhor goleiro
inglês de todos os tempos.
Depois de fracassar com a grande geração de talentos, que contou com a juventude de Steven Gerrard,  Frank Lampard, David Beckham, Joe Cole, dentre outros, o English Team trará ao Brasil uma equipe renovada. Jovens bons talentos apareceram e a equipe tem apresentado uma boa mescla de experiência e mocidade. Se o experiente Gerrard é certeza de maturidade, Jack Wilshere – se estiver em boas condições físicas – trará grande vitalidade à equipe.

Do meio para a frente apareceram ótimos nomes, casos de Daniel Sturridge, Jay Rodríguez (que infelizmente se lesionou gravemente no último final de semana e está fora da Copa), Ross Barkley, Jordan Henderson, Alex Oxlade-Chamberlain, Andros Townsend, Adam Lallana e Raheem Sterling todos com boa qualidade técnica e muita movimentação.

Para defender a meta, a equipe contará com o arqueiro Joe Hart, do Manchester City. Disparado o melhor goleiro inglês, apesar de não viver sua melhor forma técnica – embora esteja numa crescente –  tem muitos reflexos e é muito seguro. Em 2010 foi a terceiro opção. Hoje, mais maduro, não só não deve comprometer como pode ser um dos destaques. Para a reserva, três goleiros disputam duas vagas. Ben Foster, do West Bromwich Albion, Fraser Forster, do Celtic e John Ruddy, do Norwich City.

Outro setor bem resolvido na Seleção Inglesa são as laterais. Pelo lado direito, disputam a titularidade Kyle Walker, do Tottenham, e Glen Johnson, do Liverpool. Ambos jogadores de características ofensivas, tem estilo de jogo semelhante. Johnson tem sido escolha mais regular, porém Walker pode ser uma das surpresas do treinador Roy Hodgson. No flanco canhoto a disputa estava totalmente fechada até pouco tempo. Ashley Cole e Leighton Baines eram certezas, mas a queda de ritmo de Cole e o aparecimento do jovem Luke Shaw, do surpreendente Southampton invocaram uma certa dúvida. Contudo, a experiência de Cole pode pesar e ele deverá ser convocado.

A zaga é o setor mais instável da seleção. Indiscutivelmente, Gary Cahill é titular, mas seu companheiro é uma incógnita. Nos últimos tempos ocuparam o posto Phil Jagielka, Chris Smalling e Phil Jones. Destes quem mais convenceu foi o primeiro, experiente capitão do Everton. Entretanto, Jagielka tem convivido com lesões e há incerteza quanto à sua convocação. Outros jogadores que foram lembrados recentemente foram o experiente Joleon Lescott e o jovem Steven Caulker.

Última escalação da Inglaterra
No meio-campo a Inglaterra começa a mostrar o que tem de melhor. Como há certa indefinição quanto ao esquema tático que será aplicado (podendo ser o 4-2-3-1 ou o 4-3-3), não está definida a composição do meio. Certeza, é a titularidade do capitão Steven Gerrard, que, aos 33 anos, vive exuberante fase no Liverpool. Em condições normais, seu principal companheiro  deve ser Wilshere, mas, como não se sabe em que condições físicas o jogador estará às vésperas da Copa do Mundo, tem sua vaga ameaçada. Brigam por ela Tom Cleverley, Michael Carrick e Frank Lampard.

Um pouco mais à frente, a equipe pode jogar com Rooney na armação ou como centroavante. Escolhendo a segunda opção, abre-se espaço para o jovem Henderson que evoluiu monstruosamente nesta temporada. Pelos flancos disputam vagas o imberbe Raheen Sterling (outro que faz brilhante temporada), Adam Lallana, principal craque do já citado Southampton, Andros Townsend e James Milner, além de Daniel Sturridge – que também é opção para jogar como centroavante.

Como falado, a vaga de centroavante deve ficar entre Sturridge e Rooney. Estando estes impossibilitados, o treinador inglês poderá optar por Danny Welbeck, se quiser mais velocidade, ou por Ricky Lambert, “centroavante-centroavante”, que fica mais fixo na área.

Com tantos novos nomes de qualidade é difícil prever como será o desempenho do English Team. A princípio a equipe inicia sua trajetória em busca do bicampeonato atrás de Uruguai e Itália, mas pode surpreender.




IRÃ

Time base: Davari; Montazeri (Mahini), Hosseini, Sadeghi, Beikzadeh (Pooladi); Nekounan, Teymourian; Dejagah, Jabbari, Shojaei; Reza. Téc. Carlos Queiroz

Grupo: F. Com Argentina, Bósnia e Nigéria.

Expectativa: Fica na primeira fase.

Histórico: Disputou três copas. 25ª colocada em 2006.

Em 2006, Ali Daei foi o principal
destaque iraniano.
De volta à Copa do Mundo após não se classificar para a edição de 2010, a seleção iraniana não conta mais com suas principais referências. Os atacantes Ali Daei e Vahid Hashemian e o meio-campo Mehdi Mahdavikia, todos com extensa passagem pelo futebol alemão penduraram as chuteiras. Outro que não integra mais o selecionado é Ali Karimi, meia cerebral que passou pelo Bayern de Munique em meados da última década.

Com raros destaques a seleção asiática chama a atenção mais pelo treinador Carlos Queiroz – que passou por Real Madrid e pela Seleção de Portugal, tendo sido também assistente técnico de Sir Alex Ferguson no Manchester United – do que pelos jogadores. Na bola, o grande destaque é Ashkan Dejagah, do Fulham. Pouco.

O goleiro da seleção deverá ser Daniel Davari, titular da pior equipe do Campeonato Alemão, o Eintracht Braunschweig. Alemão de nascimento, ganhou espaço nos últimos jogos da seleção, deixando para trás Rahman Ahmadi, Hamed Lak, Alireza Haghighi e Sosha Makani, os quais disputam a reserva da seleção.

A zaga deve ser ocupada pelo experiente Jalal Hosseini, que, apesar de nunca ter saído do futebol local – onde defende o Persepolis – é presença constante na seleção desde 2007, computando mais de 80 jogos pela equipe e Amir Sadeghi, também experiente. A principal opção aos dois é Pejman Montazeri, o qual deve ser o lateral direito titular da equipe.

Como supramencionado, o flanco direito deverá ser ocupado por Montazeri, jogador de características eminentemente defensivas. Caso Queiroz deseje usar laterais mais ofensivos pelo lado destro, poderá usar Steven Beitashour, nascido nos EUA, ou Hossein Mahini. Ambos tem facilidade de chegar à frente, sendo possibilidades para o meio-campo também. Já pelo outro lado, a disputa fica por conta de Hashem Beikzadeh e Mehrdad Pooladi, com ligeira vantagem para o primeiro, que foi o titular no últimos jogos da seleção.

Última escalação do Irã
A equipe, que joga no 4-2-3-1, contará no meio-campo com a segurança do capitão Javad Nekounam. O jogador, que jogou seis anos no Osasuna e é o segundo que mais vezes envergou a camisa iraniana, com 136 aparições, é quem dita o ritmo da equipe, começando as ações ofensivas do time. A seu lado, Andranik Teymourian, ex-jogador do Fulham, é quem deve ficar mais fixo na contenção.

Mais à frente, pelo lado esquerdo deverá jogar Masoud Shojaei, outro ex-jogador do Osasuna e atual atleta do Las Palmas. Rápido, habilidoso e imprevisível, pode ser um dos pontos de desafogo da equipe. Contudo é muito instável. Já pela faixa contrária, jogará Dejagah, principal destaque da equipe. Menos talentoso que Shojaei, é mais objetivo. Rápido, busca sempre decidir a jogada, seja com finalizações à distância ou com cruzamentos. Pelo centro joga Mojtaba Jabbari, destaque do Al-Ahli, do Qatar.

No comando do ataque o titular deverá ser Reza Ghoochannejhad, do Charlton Athletic. Depois de jogar no Standard Liége da Bélgica, chegou a Inglaterra, onde passa por adaptação na segunda divisão. Já pela seleção tem bons números: em 12 jogos marcou nove gols, um deles na derrota por 2x1 para Guiné, última partida da seleção.

Sem grandes destaques, a seleção iraniana corre o risco de fazer uma das piores campanhas da Copa do Mundo, enfrentando os fortes e poderosos ataques de Argentina, Bósnia e Nigéria.



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