Lá se vão 18 temporadas desde que Samuel Eto’o estreou como futebolista profissional. Lembrado pela qualidade do futebol de seus melhores dias, sobretudo vestindo as camisas de Barcelona e Inter de Milão, o camaronês sempre foi conhecido como um dos mais prolíficos centroavantes do mundo. Sua velocidade, capacidade de finalização e faro de gol foram, desde sempre, as características que o consagraram. Todavia, após viver últimas temporadas apenas regulares, Eto’o arrancou para 2015-2016 com tudo, mostrando que ainda não pode ser considerado um ex-jogador.
Histórico recente
Desde que deixou a Inter, com o
fim da temporada 2010-2011, Eto’o vem pintando uma imagem nublada acerca de sua
carreira. À época, seu destino foi o Anzhi Makhachkala, clube do Daguestão que
acabara de se tornar um “novo rico” e possuía um projeto ambicioso. Ganhando um
salário astronômico (aproximadamente €20 Milhões por ano, segundo veiculado à
época), o jogador chegou ao clube como a grande estrela.
Lá, disputou duas temporadas
completas e continuou mostrando seu faro de gol, com 36 tentos em 73 jogos.
Todavia, convencido por José Mourinho, que o treinara na Inter, e em função do “fim
do sonho do Anzhi”, com o esgotamento dos investimentos, Eto’o voltou a um grande centro, retomando a vida sob os holofotes. Em 2013-2014, o camaronês desembarcou em Londres
para vestir a camisa do Chelsea.

20 jogos depois de sua chegada e
com quatro gols marcados, Eto’o deixou Goodison Park na metade da temporada e
seguiu para a Sampdoria, buscando retomar sua forma onde vivera seus últimos
grandes momentos, na Itália. A despeito disso, seu desempenho foi ainda pior do
que o demonstrado no clube de Liverpool e o jogador voltou a estar disponível
no mercado ao final da temporada 2014-2015. Veio, então, a oportunidade no
Antalyaspor.
Oportunidade em clube de pequeno porte

Acompanhado por figuras como as
do rodado Jean Makoun, seu companheiro na Seleção de Camarões, a do defensor
tcheco Ondrej Celustka, ex-Nuremberg e com passagem por clubes de Inglaterra e
Itália, e do goleiro Rais M’Bolhi,
que ficou conhecido pelo público mundial após suas fantásticas performances à
frente da meta da Seleção da Argélia, Eto’o voltou a brilhar.
Capitão do time, o experiente
atacante balançou as redes cinco vezes em seis partidas e alguns desses gols foram
belíssimos, lembrando o jogador dos tempos da Catalunha e de Milão. Não à toa,
sua equipe, que jamais conquistou o Campeonato Turco, figura na quinta colocação
do torneio, atrás apenas do tradicional trio formado por Besiktas, Fenerbahçe e
Galatasaray e do Ankaraspor.
Eto’o pode não ser mais o mesmo
de outros tempos, mas mostra que ainda assim sabe o caminho para as redes
adversárias.
Dupla com Guilherme

Com especial visão de jogo, o
brasileiro tem uma facilidade muito grande para enxergar espaços e encontrar
seus companheiros em situações favoráveis. Como o jogador vive uma carreira
cercada por altos e baixos é difícil apontar, com certeza, que o jogador
conseguirá formar boa dupla com Eto’o, mas o fato é que seus estilos se
encaixam. Em sua estreia, o brasileiro marcou um belíssimo gol, mostrando
estar disposto a brilhar em seu novo desafio – bom para Eto’o.
A qualidade técnica e a capacidade
para marcar gols do camaronês nunca foram postas em dúvida por ninguém. Suas
escolhas todavia o foram. Não obstante, aquele movimento que poderia atestar
que o jogador já não estava tão interessado em jogar seu melhor futebol – após fracassos
na Inglaterra e na Itália – está revelando justamente o contrário: a constante
fome de bola do craque, que, mesmo jogando em um clube de pouca expressão,
não se cansa de fazer gols.
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