Entre vinhos, surpresas e vexames
Na última sexta-feira (18), terminou a primeira fase do Sul-Americano Sub-20, que acontece em duas famosas produtoras de vinhos argentinos: Mendoza e San Juan. Com os classificados definidos, surpresas se confirmaram. Chile, Uruguai, Peru e Colômbia mostraram ótimo futebol. O Equador, já no primeiro jogo, revelou que poderia ser uma pedra no sapato. E o Paraguai praticou um futebol organizado. Além disso, alguns jogadores chamaram reclamaram para si os holofotes. Mas o leitor deve estar estranhando. Onde é que Brasil e Argentina entram nisso?
O estranho caso de Brasil e Argentina
O futebol é tido como o esporte
mais apaixonante por boa parte do mundo, principalmente por sua capacidade de
surpreender. Trata-se de um lugar onde não existe o impossível. Mas isso já virou clichê.
Fato é que a competição comentada não caminhou como o esperado.
Comandado por Emerson Ávila, o selecionado brasileiro, mudou, mudou e mudou, mas não se encontrou. Não repetiu as escalações, alterou seu esquema tático, a forma de jogar, mas nada funcionou. Não se pode dizer que o treinador tenha sido omisso.
Os quatro pontos conquistados, foram o retrato de um time apático (o meio-campo santista Felipe Anderson acabou se confirmando o ícone dessa apatia), desentrosado, e, até mesmo carente em qualidade técnica individual. O time parecia permanentemente assustado e pressionado. A única vitória, sobre a Venezuela, com gol de pênalti, não convenceu. A base do escalão sub-17, com Ademílson, Adryan e Misael ruiu. Muitos chutões e pouco toque de bola marcaram a seleção brasileira. Somem-se a isso deficiências no posicionamento defensivo, que sofreu bem mais do que o esperado. Pela segunda vez em 26 edições, o Brasil parou na primeira fase.
Comandado por Emerson Ávila, o selecionado brasileiro, mudou, mudou e mudou, mas não se encontrou. Não repetiu as escalações, alterou seu esquema tático, a forma de jogar, mas nada funcionou. Não se pode dizer que o treinador tenha sido omisso.
Os quatro pontos conquistados, foram o retrato de um time apático (o meio-campo santista Felipe Anderson acabou se confirmando o ícone dessa apatia), desentrosado, e, até mesmo carente em qualidade técnica individual. O time parecia permanentemente assustado e pressionado. A única vitória, sobre a Venezuela, com gol de pênalti, não convenceu. A base do escalão sub-17, com Ademílson, Adryan e Misael ruiu. Muitos chutões e pouco toque de bola marcaram a seleção brasileira. Somem-se a isso deficiências no posicionamento defensivo, que sofreu bem mais do que o esperado. Pela segunda vez em 26 edições, o Brasil parou na primeira fase.
Havia enorme expectativa de um triunfo argentino. Após o tricampeonato brasileiro, a equipe se mostrou alguns patamares abaixo das seleções das últimas edições, principalmente da última, de Neymar. Isso aumentou a pressão por um título argentino. O peso caiu com uma bomba em cima dos atletas. Desde o primeiro jogo da anfitriã, o que se viu foi um time com excessiva pressa de resolver o jogo.
Erros primários foram cometidos, aos montes, por aqueles de quem se esperava liderança técnica. O portista Juan Manuel Iturbe, que, especula-se, deve ser emprestado ao River Plate, sumiu. Assim como Ricardo Centurion, do Racing, e Manuel Lanzini, ex-Fluminense. Aliás, se há um lance que demonstra com clareza a campanha da Argentina é um gol perdido por Lanzini na estreia hermana.
Assim, as duas seleções favoritas caíram. Num campeonato em que, das 10 seleções participantes, seis passam de fase.
Os seis classificados: bom futebol e novos valores
Se os favoritos decepcionaram, o Chile surpreendeu, com 100% de aproveitamento. Revelou um time entrosado, com qualidade técnica, opções de variações
de jogadas e bons valores — sobretudo Bryan Rabello (Sevilla), Nicolas Castillo
(U. Católica) e Diego Rubio (Sporting Lisboa).
Paraguai e Uruguai, equipes
tradicionais, mostraram futebol semelhante ao de suas seleções principais. A Celest veio com um estilo de jogo aguerrido e ofensivo, enquanto o
Paraguai apresentou um futebol mais defensivo, apesar do destaque de seu camisa 10, Derlis González, atleta do Benfica.
A Colômbia veio a campo com um futebol de muito
toque de bola. Seu craque, Juan Quintero, jogador do Pescara, chamou a atenção pela semelhança entre seu jogo e o de seu compatriota, James Rodríguez.
O destaque do Peru fica a cargo de uma ótima composição tática, entrosada, e de dois destaques individuais: os atacantes Yordy Reyna, do Alianza Lima, e Cristian Benavente, do Real Madrid Castilla. Já o Equador apresentou um time talentoso, mas inconstante. Alternou bons e maus momentos. Seu destaque foi José Francisco Cevallos, jogador da LDU e filho do folclórico ex-goleiro da mesma agremiação e de mesmo nome.
O destaque do Peru fica a cargo de uma ótima composição tática, entrosada, e de dois destaques individuais: os atacantes Yordy Reyna, do Alianza Lima, e Cristian Benavente, do Real Madrid Castilla. Já o Equador apresentou um time talentoso, mas inconstante. Alternou bons e maus momentos. Seu destaque foi José Francisco Cevallos, jogador da LDU e filho do folclórico ex-goleiro da mesma agremiação e de mesmo nome.
Assim, o que se sabe é que o Mundial Sub-20
não contará com duas das maiores potências do futebol mundial. Contudo, os quatro
melhores sul-americanos viajarão à Turquia.
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