Seleção Soviética 2014: como seria?

Escrete poderosíssimo enquanto existiu, a seleção da URSS, naturalmente, se fragmentou com o fim do regime comunista e a consequente separação dos países pertencentes à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Formada por jogadores de Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão era, então, uma das grandes forças do futebol mundial, tendo conquistado a Eurocopa de 1960 e os jogos olímpicos de 1956 e 1988. Já pensou como seria uma equipe atual da URSS? Apresento a minha ideia.


Goleiros

Historicamente um dos pontos fortes da URSS, o treinador Fábio Capello (escolhido pois a Rússia foi a principal herdeira da URSS), teria a sua disposição grandes goleiros. Dentre as possibilidades estão os russos, Igor Akinfeev (foto), Vladimir Gabulov, Anton Shunin, Aleksandr Belenov, o ucraniano Andriy Pyatov e o lituano Karcemarskas. Todos são bons goleiros, mas o melhor deles, a meu ver, é Igor Akinfeev, titular da seleção russa e do CSKA.

Escolhidos: Igor Akinfeev (CSKA-RUS), Vladimir Gabulov (Dynamo Moscow-RUS) e Andriy Pyatov (Shakhtar Donetsk-UCR).


Laterais direitos

As laterais são uma posição que não dispõe de muitas opções. Fora os russos Aleksandr Anyukov (foto), para mim o mais qualificado, e Igor Smolnikov que também joga no Zenit e deverá ser o sucessor do primeiro, a única opção válida é o lateral alemão – que inclusive já vestiu a camisa germânica, mas nasceu na URSS – Andreas Beck.

Escolhidos: Aleksandr Anyukov (Zenit-RUS) e Andreas Beck (Hoffenhein-ALE)

Zagueiros

Para compor a defesa central do selecionado soviético haveria várias opções de qualidade. Os irmãos russos Aleksey e Vasili Berezutski, o experiente Sergei Ignaschevich, o jogador do Dynamo Moscow Vladimir Granat, os ucranianos Yaroslav Rakitsky (foto) e Evgen Kacheridi, o georgiano e capitão do Vitesse Guran Kashia, e, ainda, o moldavo Alexandru Epureanu e o estoniano Ragnar Klavan. Todos esses poderiam compor com qualidade o setor defensivo da URSS.

Escolhidos: Vasili Berezutski (CSKA-RUS), Yarolsav Rakitsky (Shakhtar Donetsk-UCR), Guran Kashia (Vitesse-HOL) e Alexandru Epureanu (Anzhi-RUS).

Laterais esquerdos

Como dito anteriormente, as laterais são uma posição carente nas nações soviéticas (e em quase todo o mundo). Assim, as melhores opções serão os russos Yuri Zhirkov, Dmitri Kombarov (foto) – ambos meio-campistas de origem – e Geogri Schennikov.

Escolhidos: Dmitri Kombarov (Spartak Moscow) e Yuri Zhirkov (Dynamo Moscow).

Volantes

A contenção soviética teria algumas peças interessantes para sua composição. Estariam disponíveis os russos Igor Denisov, Roman Shirokov, Viktor Fayzulin – todos do Zenit – e Vladislav Kulik, o moldavo Alexandru Gatcan, atleta do Rostov, o ucraniano Anatoliy Tymoshchuk, o uzbeque Odil Akhmedov do Anzhi e, ainda, o germano-ucraíno Roman Neustädter (foto) do Schalke 04. 

Nessa posição opto por duplas de forte marcação e com alguma qualidade na saída de bola. Assim, ficam de certa forma prejudicados os jogadores mais limitados à marcação e também àqueles cuja característica forte é a saída para o jogo.

Escolhidos: Roman Neustädter (Schalke 04-ALE), Igor Denisov (Dynamo Moscow-RUS), Odil Akhmedov (Anzhi Makhachkala) e Roman Shirokov (Zenit-RUS).

Meias ofensivos

Como a maioria dos clubes e seleções da atualidade, enxergo a hipotética seleção soviética atuando no esquema tático 4-2-3-1, com dois meias abertos pelos lados e um centralizado na função da criação. Para atuar pelo flanco direito as opções seriam o talentoso ucraniano Andriy Yarmolenko do Dynamo Kyiv e os russos Vladimir Bystrov e Aleksandr Samedov. Já pela esquerda as peças possíveis os russos Alan Dzagoev (também habituado a jogar pelo centro) do CSKA e Alan Kasaev do Dynamo Moscow, além do talentosíssimo ucraniano Evgen Konoplyanka.

Por fim, para a centralização das jogadas estariam disponíveis o armênio Henrikh Mikhtaryan (foto), ótima surpresa no Shakhtar Donetsk mas que está tento dificuldades na adaptação ao Borussia Dortmund, Roman Eremenko, russo naturalizado finlandês do Rubin Kazan, o georgiano Jano Ananidze, baixinho e imberbe, atualmente no Rostov emprestado pelo Spartak Moscow, os russos Denis Glushakov e Aleksandrs Cauna e, ainda, o ucraniano Denys Garmash do Dynamo Kyiv.

Escolhidos: Henrikh Mkhitaryan (Borussia Dortmund-ALE), Roman Eremenko (Rubin Kazan-RUS), Andriy Yarmolenko (Dynamo Kyiv-UCR), Aleksandr Samedov (Lokomotiv Moscow-RUS), Alan Dzagoev (CSKA-RUS) e Evgen Konoplyanka (Dnipro-UCR).

Atacantes

Com a tarefa de empurrar a bola para as redes adversárias a melhor opção disponível é o jovem Aleksandr Kokorin (foto) do Dynamo Moscow, mas existem outras opções, casos do experiente russo Aleksandr Kerzhakov, do letão Artjoms Rudnevs ex-Hamburgo – e que se destacou marcando muitos gols no Lech Poznan da Polônia – e do armênio Yura Movsisyan atacante que tem jogado muito bem pelo Spartak Moscow nessa temporada, anotando 14 gols em 18 jogos. 

Obs.: Vale ressaltar que o atacante Marko Devic, do Metalist Kharkiv, não foi considerado por ser um jogador sérvio naturalizado ucraniano.


Escolhidos: Aleksandr Kokorin (Dynamo Moscow-RUS), Aleksandr Kerzhakov (Zenit-RUS) e Artjoms Rudnevs (Hannover 96-ALE). 








Abaixo a minha seleção:


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