Surpreendentemente, ou não, o Atlético de Madrid, treinado por Diego Simeone, alcançou, nesta temporada, um nível de sucesso fantástico. O título espanhol e a chegada à final da UEFA Champions League – cuja final será disputada no próximo sábado – consignaram uma grande campanha. Além do trabalho duro de cada dia, algumas medidas simples aplicadas pelo clube ajudaram-no a chegar ao patamar atual. Escolhi alguns pontos por ele empregados e que servem de exemplo para outros clubes.
1 – Por vezes, o problema não é o material humano
Quando Diego
Simeone assumiu o comando do Atlético de Madrid, em dezembro de 2011, o
elenco do clube possuía 21 jogadores. Destes, 11 seguem no clube (considerando o
brasileiro Diego, que deixou o clube em 2012 e retornou em 2014). Do time que
entrou em campo na estreia de Diego Simeone sete jogadores permanecem no elenco
Colchonero e, na ocasião, o clube era
apenas o 11º colocado na tabela do campeonato nacional.

Sob a batuta de
Simeone, Filipe Luís aprimorou a marcação, Miranda e Diego Godín (foto) firmaram-se
como uma das melhores duplas de zaga da Europa e jogadores como Koke
Ressureción e Diego Costa tiveram tranquilidade e espaço para desabrochar seu futebol.
Apenas a título
de informação, na estreia de Diego Simeone pelo clube, o Atleti empatou fora de casa com o Málaga, 0x0. Na ocasião, Thibaut
Courtois, Diego Godín, Filipe Luís, Tiago, Gabi, Juanfran e Diego estavam em
campo. Arda Turan e Adrián López entraram no segundo tempo.
2 – Ter um elenco enxuto é melhor do que ter um elenco
inchado
Atualmente, o elenco
alvirrubro conta com 22 jogadores, ou seja, dois times completos. Com um elenco
enxuto é mais simples manter a motivação dos atletas, uma vez que, certamente, estes atuam mais do que no caso de um elenco inchado. O fato de terem faltado, em
algumas ocasiões, peças de reposição, não representa nada de extraordinário.
Outro ponto
positivo desse tipo de atitude é o ganho de entrosamento, já que não são muitas
as possibilidades de alterações mantendo ainda, o corpo da equipe sempre bem
composto, e a estrutura tática, que tem sido vital para os sucessos do
clube.
3 – É possível encontrar soluções no próprio elenco

Outro jogador
que registrou uma adaptação interessante foi o meio-campista Raúl García (foto). Antes
tido como um volante, o atleta passou a ser explorado em funções mais
ofensivas, o que surtiu grande efeito em sua performance. No Campeonato
Espanhol, foi o terceiro maior artilheiro da equipe, atrás apenas de Diego
Costa e David Villa, com nove gols.
Além de Juanfran
e Raúl García, outro jogador cuja descoberta é mérito do Cholo Simeone é o hispano-brasileiro Diego Costa, que, de jogador “emprestável” (foi emprestado em cinco ocasiões), o atleta
se tornou, com a saída do colombiano Falcao García, a principal referência do
ataque rojiblanco.
4 – Boa gestão de mercado

O exemplo mais
emblemático da qualidade negocial do clube foi a contratação de David Villa (foto),
por, apenas, 5,1 milhões de euros. Evidentemente que o atacante não vive a
mesma fase que vivia quando chegou ao Barcelona, mas, se serve de comparação,
àquela época, El Guaje custou 40
milhões de euros.
Os gigantes do futebol
tem que dar o braço a torcer e reconhecer: há muito o que aprender no exemplo
do Atlético de Madrid.
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