Times de que Gostamos: Atlético Nacional 1989
Após tratar do excelente time do
Espanyol 2005-2007, vice-campeão da UEFA Cup e laureado com uma Copa del Rey, volto-me para o futebol
sul-americano, onde, em 1989, o Atlético Nacional sagrou-se o primeiro campeão colombiano da competição.
Em pé: Gildardo Gómez, Ricardo Pérez, Andrés Escobar, Francisco Cassiani, Tréllez, René Higuita e Níver Arboleda;
Agachados: Alexis García, Jaime Arango, Leonel Alvarez e Luis Fernando Herrera.
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Time: Atlético Nacional
Período: 1989
Time Base: Higuita; Herrera,
Perea, Andrés Escobar, Gómez; Pérez, Leonel Álvarez, Alexis García, Jaime Arango;
Arboleda e Tréllez. Téc.: Francisco Maturana
Conquista: Copa Libertadores da
América
A despeito de ter, supostamente, se favorecido
do dinheiro do tráfico de drogas, sobretudo vindo do afamado traficante Pablo Escobar, o
Atlético Nacional, equipe da cidade de Medellín, formou no final dos anos 80 e
início da década de 90 um time poderosíssimo. Dono de ótimas
qualidades defensivas, o clube desfrutava enormemente do talento de seus
meio-campistas e de seus atacantes.
A base de Los Verdolagas seria, ainda, importantíssima para aquela que é conhecida como a maior
geração do futebol colombiano de todos os tempos - a do início dos anos 90 - , à qual a equipe de 2014 foi
comparada. Se os grandes craques da Seleção Cafetera
eram Carlos Valderrama, Freddy Rincón e Faustino Asprilla, estes só alcançavam
tal protagonismo em função da enorme influência de figuras como Andrés Escobar,
Leonel Álvarez e Luis Herrera – isso sem falar no treinador Francisco Maturana,
que deixaria o clube para comandar a Seleção.
Que amante do futebol nunca viu
uma famosa defesa em que o goleiro pula tal qual um escorpião? O responsável
pelo memorável e arriscado movimento era ninguém menos do que René Higuita,
arqueiro titular do Atlético Nacional.
Dono de enorme elasticidade e de grandes reflexos, era também notado por sua irresponsabilidade. Se hoje o mundo reverencia as saídas providenciais de Manuel Neuer, deixando a meta para decidir uma jogada, há quase 30 anos, Higuita já o fazia, atuando mormente como um líbero. Além disso, o colombiano ficou marcado por cobrar faltas e pênaltis, sendo o quarto goleiro que mais gols marcou gols, com 41, atrás de Rogério Ceni, José Luis Chilavert e Dimitar Ivankov. Higuita é ainda o 9º jogador que mais vezes defendeu a Seleção Colombiana.
Dono de enorme elasticidade e de grandes reflexos, era também notado por sua irresponsabilidade. Se hoje o mundo reverencia as saídas providenciais de Manuel Neuer, deixando a meta para decidir uma jogada, há quase 30 anos, Higuita já o fazia, atuando mormente como um líbero. Além disso, o colombiano ficou marcado por cobrar faltas e pênaltis, sendo o quarto goleiro que mais gols marcou gols, com 41, atrás de Rogério Ceni, José Luis Chilavert e Dimitar Ivankov. Higuita é ainda o 9º jogador que mais vezes defendeu a Seleção Colombiana.
Pela lateral direita, o alviverde
colombiano contava com Luis Chonto
Herrera, considerado o melhor jogador colombiano de sua posição na história.
Atleta completo, tinha na explosão sua grande marca, embora também fosse técnico e,
com o tempo, tenha se transforamdo em um marcador respeitável. Na faixa canhota, El Rey de Copas contava com Gildardo
Gómez. Lateral que também podia desempenhar a função de zagueiro e que marcou
presença na Seleção Colombiana que disputou a Copa do Mundo de 1990, era mais
um marcador, porém peça vital para o balanço da equipe.
A zaga do esquadrão colombiano
tinha a combinação perfeita de qualidades. De um lado, a força e a potência do
paredão Luis Carlos Perea, atleta de grande experiência e influência na Seleção
Colombiana, que representou 78 vezes, sendo o 5º que mais vezes defendeu-a. Do outro lado, um beque
de enorme técnica, El Caballero del
Fútbol – como ficou conhecido –, Andrés Escobar. Calmo e dono de inata
liderança, a qual foi descobrindo com o decorrer de sua carreira, era muito talentoso. Tristemente, marcou um gol contra crucial para a eliminação da Seleção Colombiana na
Copa do Mundo de 1994 e, pouco após desembarcar em seu país, foi assassinado.
Há época, o defensor estava próximo de assinar contrato com o Milan.
Na meia-cancha, agregando proteção aos defensores e liberdade aos meias e atacantes, José Ricardo Pérez era o cão de guarda da equipe. Marcador implacável, era a peça de sustentação do esquema alviverde, tendo também representado a Colômbia na Copa do Mundo de 1990. Seu parceiro de contenção era um jogador que aliava técnica e raça como poucos. Cabeludo, Leonel Álvarez era uma figura ímpar, que ajudava a organizar a equipe tanto tática quanto psicologicamente, com enorme influência. É o terceiro jogador que mais vezes representou a Colômbia, com 101 jogos.
Orquestrando a equipe, Francisco
Maturana tinha papel vital. Fosse no campo ou fora dele, o comandante era importante para a manutenção da coesão de um ambiente recheado de egos de grandes jogadores.
Ex-jogador do próprio Atlético Nacional, o comandante conhecia todo o
funcionamento da equipe, montando-a com perfeição e gerindo-a com igual
acurácia. Suplementarmente, o comandante teve a seu serviço outros jogadores de
grande valia, casos do meia Luis Alfonso Fajardo (muitas vezes titular) e dos
defensores John Carmona e Francisco Cassiani.
Na meia-cancha, agregando proteção aos defensores e liberdade aos meias e atacantes, José Ricardo Pérez era o cão de guarda da equipe. Marcador implacável, era a peça de sustentação do esquema alviverde, tendo também representado a Colômbia na Copa do Mundo de 1990. Seu parceiro de contenção era um jogador que aliava técnica e raça como poucos. Cabeludo, Leonel Álvarez era uma figura ímpar, que ajudava a organizar a equipe tanto tática quanto psicologicamente, com enorme influência. É o terceiro jogador que mais vezes representou a Colômbia, com 101 jogos.
Habilidosíssimo, Alexis García era o capitão da equipe e o jogador mais querido do torcedor. Principal criador
do time, destacava-se nas esferas do drible e do passe, mas impressionava por
sua influência na equipe – outro ponto cujo ressalte é vital, em relação à toda a equipe, é a
personalidade detida pela maioria dos membros da esquadra. Seu companheiro de
setor e por vezes atacante era Jaime Arango, atleta que se destacava por sua
velocidade e que, dessa forma, possibilitava um casamento ideal de
características no setor de criação.
O ataque era composto pelo
poderosíssimo John Jairo Tréllez, detentor de imponente 1,93m. Curiosamente, ao
contrário do que se poderia pensar, o colombiano destacava-se por sua velocidade
(angariando o apelido de La Turbina).
Seu parceiro mais usual foi Níver Arboleda, jogador habilidoso e bom finalizador.
Todavia, Albeiro Usuriaga, grandalhão de 1,92m, também atuava com frequência,
tendo marcado importante gol na final da Copa Libertadores da América, contra o
Olimpia.
Ficha técnica de alguns jogos importantes nesse período:
Semifinal da Copa Libertadores da
América (Jogo de Volta): Atlético Nacional 6x0 Danubio
Estádio Atanasio Girardot,
Medellín
Árbitro: Carlos Esposito
Público 40.000
Gols: ‘9 Alexis García, ’34, ’35,
’62 e ’79 Usuriaga, ’87 Arboleda
Atlético Nacional: Higuita;
Villa, Perea, Escobar, Gómez; Fajardo (Arboleda), Leonel Álvarez, Alexis
García, Arango; Felipe Pérez e Alveiro Usuriaga. Téc.: Francisco Maturana
Danubio: Zeoli; Luis da Luz,
Daniel Sánchez, Fernando Kanapkis, Eber Moas (Juan Góñez), Cabrera; Suarez (Osvaldo
Streccia), Gustavo Dalto, Edgar Borges, Ruben Pereira; Rubén da Silva. Téc.:
Ildo Maneiro
Final da Copa Libertadores da
América (Jogo Final): Atlético Nacional 2(5)x(4)0 Olimpia
Estádio El Campín, Bogotá
Árbitro Juan Carlos Loustau
Público 60.000
Gols: ’46 Miño (contra) e ’65 Usuriaga
(Atlético Nacional) / Escobar, Usuriaga, Trellez, Higuita e Álvarez marcaram
suas penalidades; Alexis García, F. Pérez, Gómez e Perea desperdiçaram
(Atlético Nacional) – Benítez, Chamas, Mendoza, Amarilla marcaram suas
penalidades; Almeida, González, Guasch, Balbuena e Sanbria desperdiçaram
(Olimpia)
Atlético Nacional: Higuita;
Carmona, Perea, Escobar, Gómez; Fajardo (Arboleda), Álvarez, García, Arango (F.
Pérez); Usuriaga e Tréllez. Téc.: Francisco Maturana
Olimpia: Almeida; Minõ, Chamas,
Sanabria, Krausemann; Rafael Bobadilla (Balbuena), Gustavo Benítez, Jorge
Guasch; Raúl Amarilla, G. Neffa (González) e A. Mendoza. Téc.: Luis Cubilla
Final do Mundial de Clubes: Milan
1x0 Atlético Nacional
Estádio Nacional, Tóquio
Árbitro: Erik Fredriksson
Gol: ‘118 Evani (Milan)
Milan: Galli; Tassotti,
Costacurta, Baresi, Maldini; Rijkaard, Ancelotti, Diego Fuser (Evani),
Donadoni; Massaro (Marco Simone) e van Basten. Téc. Arrigo Sacchi
Atlético Nacional: Higuita; Luis
Herrera, Francisco Cassiani, Andrés Escobar, Gilardo Gomez; José Pérez, Leonel Álvarez,
Alexis García, Jaime Arango; John Tréllez e Niver Arboleda (Usuriaga) e (Gustavo
Restrepo). Téc. Francisco Maturana
O Bahia poderia ter ganho a libertadores de 1989....
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