A sociedade de Marcelo Bielsa com o Newell’s Old Boys

Os inícios de trajetória mais marcantes da vida de Marcelo Bielsa aconteceram no Newell’s Old Boys. Filho de uma família respeitada de Rosário, reconheceu na bola de futebol sua grande paixão e, no início de sua adolescência, já vestia a camisa rojinegra. Embora a vida dentro das quatro linhas, eventualmente, terminasse por ser curta, o futebol seguiria perseguindo Bielsa. E, em uma fase de definições para sua trajetória, o NOB lhe abriria outra vez as portas. Mais tarde, confiaria a ele poderes para liderar o time principal. Não houve arrependimentos.

Marcelo Bielsa Flag Newell's Old Boys
Foto: Amilcar Orfali/ LatinContent/ Getty Images / Arte: O Futebólogo


Homem da bola e das letras


O rosarino Marcelo Alberto Bielsa é filho da acadêmica Lidia Caldera com o advogado Rafael Pedro Bielsa. Também é neto do famoso jurista Rafael Bielsa, irmão de Rafael Antonio Bielsa, que seria Ministro das Relações Exteriores durante o governo de Néstor Kirchner, bem como da renomada arquiteta Maria Eugênia Bielsa, outra que adentraria a política, alçada à posição de vice-governadora da província de Santa Fé, e chegando ao posto de ministra, no governo de Alberto Fernández.

Em sua juventude, Marcelo Alberto Bielsa não seguiria os patriarcas da família, tampouco sua mãe, ou os irmãos. E não é por isso que ficaria conhecido como El Loco. Muito pelo contrário, já que nunca subjugou o valor do conhecimento. A bola de futebol, para ele, não se trata apenas de um instrumento lúdico, mas também de uma ferramenta a ser cientificamente explorada. Isso já estava claro desde o início de tudo, quando, aos 13 anos, apenas um menino, ele começou a treinar nas categorias de base do Newell’s Old Boys.

O projeto de zagueiro não alcançaria sucessos, todavia. Inteligência e disciplina acabariam não sendo suficientes para permitir a Bielsa o êxito nas canchas. Relatos dão conta de que era lento e fraco no jogo aéreo. Mesmo assim, chegaria ao time profissional do sangre y luto. Em 1976, dois anos depois de representar a Argentina no Sul-Americano Sub-19, no Chile, faria sua estreia como profissional, em uma vitória por 2 a 1, ante o River Plate. No mesmo ano, participaria do fracassado Pré-Olímpico, disputado em Recife — a Albiceleste fora representada por um grupo de atletas do NOB.

Marcelo Bielsa Alejandro Sabella Newell's Old Boys River Plate
Foto: Desconhecido/Arte: O Futebólogo

Apesar disso, problemas com lesões levariam os Leprosos a cederem o prospecto ao modesto Instituto de Córdoba. Lá, Bielsa não teria melhor sorte. Seriam poucos jogos, banco de reservas e, logo, a rescisão de seu contrato. Em 1979, transferiu-se para o ainda menor Argentino, de Rosário. De notável, apenas a marcação de seu único gol no futebol profissional. 

No ano seguinte, aos 25 anos, pendurou as chuteiras. Não fazia sentido insistir na carreira de atleta. Ali, entretanto, seus companheiros de equipe já se impressionavam com o tipo de raciocínio que Bielsa estabelecia a partir do que acontecia em seu entorno. Táticas e processos fervilhavam em sua mente.

No alvorecer da década de 1980, Marcelo Bielsa estava vivendo o momento que precede a catarse. Tinha um passado acadêmico em Agronomia e vinha da conclusão dos estudos de Educação Física. Os passos iniciais de sua nova vida começaram a ser vividos na Universidade de Buenos Aires, onde ficou incumbido de treinar o time de futebol da instituição. Com a seriedade e a exigência que se tornariam sua marca registrada, não se importava com o fato de que se tratava de esporte amador; seus atletas precisavam dar sempre o máximo.

A união com Jorge Griffa


Houve uma pitada de sorte. Como registra Tim Rich, em A Virtude da Loucura: A Vida de Marcelo Bielsa, um encontro casual, com palavras francas e objetivas, selaria a volta do rosariano à sua cidade e ao seu clube. O interlocutor seria Eduardo Bermúdez, que fora seu treinador nas categorias de base do Newell’s e estava mudando de time. Havia uma vaga aberta no Rojinegro. Bielsa deixou suas intenções claras e passou a trabalhar com Jorge Griffa, famoso ex-zagueiro formado no NOB, que representara o Atlético de Madrid por uma década, e era o responsável pela base do clube.

Começava a tomar forma uma trajetória calcada em convicções. Em reportagem do The Athletic, Fabian Costello, um ex-atleta que passou pelas mãos de Marcelo no Coloso del Parque, disse: "Ele era muito jovem para ser treinador [...] sendo honesto, eu estava muito cético. Não era muito impressionante pensar que esse cara estaria nos treinando. Eu sei como isso soa estúpido agora, mas esse foi meu primeiro sentimento. Depois disso, nunca mais olhei para um treinador da mesma forma”.

Obsessivamente detalhista, distante dos atletas no nível pessoal, mas incontestavelmente fiel à causa defendida, Bielsa começou a subverter a ordem das coisas no NOB. Não é fácil determinar qual área do esporte ganhou maior ênfase. Fanático pelo trabalho físico, obstinado na busca por alcançar as maiores vantagens táticas possíveis e disciplinado para desenvolver a técnica de seus atletas, foi se afirmando uma espécie de meio termo entre o futebol rebelde e romântico de César Luis Menotti e o pragmatismo de Carlos Bilardo, os grandes antagonistas do ideário futebolístico argentino.

Jorge Griffa Newell's Old Boys
Foto: Newell's Old Boys/Arte: O Futebólogo

Bielsa não precisava convencer seus jogadores a seguirem seus métodos com palavras. Quando os resultados do campo — mais resistência física e clarividência para tomar decisões mais inteligentes — surgiam, esse trabalho estava concluído. Até mesmo porque, tão atualizado quanto um mundo de globalização emergente e com internet rudimentar permitia, o treinador estava inteirado com as tendências mais modernas do esporte.

Anos mais tarde, já na liderança do Leeds United, diria que o trabalho do treinador é limitado, o que em momento algum o levaria a labutar menos. “No clube de onde venho, o Newell's Old Boys, a formação e a base dos jogadores era o mais importante. Sempre houve jogadores jovens com ambições imensas. Sempre houve jogadores jovens que nunca conseguiram mostrar a sua capacidade por falta de ambição. Lá, trabalhávamos cinco ou seis treinadores, e cada vez que um treinador tinha aquele jogador que não brilhava, outro dizia, 'não se preocupe, no próximo ano vou tirar o melhor dele'. O jogador passaria pelos cinco treinadores que acompanhavam o Griffa, e qual seria a conclusão se não triunfasse? A conclusão seria a de que não era sobre o quão bom o treinador era, mas sobre a ambição do jogador e o quanto ele queria aquilo”, falou ao Yorkshire Evening Post.

Entre outros, atletas como Abel Balbo e Roberto Sensini seriam alguns dos que passariam pelas mãos de Bielsa, na base do NOB. E se os Leprosos revelaram fornadas ricas em garotos talentosos no interregno, o acaso não teve parte nisso. Costumeiramente junto a Griffa, Bielsa entrava em seu Fiat 147 branco e viajava pela Argentina em busca de novos prospectos. A dupla dividiu o mapa do país em 70 zonas, subdividas em cinco, compreendendo espaços de aproximadamente 80 quilômetros quadrados. Foram milhares de quilômetros percorridos e de jovens testados. Os frutos vieram traduzidos nas figuras de atletas como Mauricio Pochettino e Gabriel Batistuta.

Pochettino Newell's Old Boys
Foto: So Foot/Arte: O Futebólogo

Griffa, ao fim e ao cabo, era o responsável original por aquela revolução, o grande ídolo de Bielsa. É também a obra de Tim Rich que traz a confirmação cabal dessa realidade: “Todos os dias eu esperava até às sete horas da noite e ia para o escritório de Jorge [Griffa], no Coloso del Parque, apenas para ouvi-lo falar”, pontuou Marcelo.

A colheita dos frutos


Em 1990, o Newell’s Old Boys vinha de uma época proveitosa. Porém, havia um inevitável processo de renovação esperando para ser colocado em ação. Sob as bênçãos de Griffa, Marcelo Bielsa venceu a concorrência de Reinaldo Merlo, com passagem pelo River Plate, e de Humberto Zuccarelli, à época no Unión de Santa Fé. Aos 34 anos, foi promovido ao comando do time principal do Rojinegro. Seu grande trunfo era conhecer melhor do que as palmas de suas mãos os jovens talentos do time, que havia conduzido ao título argentino juvenil, em 1988.

Na metade final da década de 1980, o NOB havia sido vice-campeão argentino duas vezes, sob a batuta de Jorge Solari, uma delas sendo superado pelo rival Rosario Central. Por isso, depois de fazer muito sucesso no Argentinos Juniors, conquistando a Copa Libertadores da América, José Yudica assumiu o time em 1987. Enfim, os Leprosos conquistaram o Campeonato Argentino, chegando, ainda, à decisão da Libertadores de 88 — perdida para o Nacional de Montevidéu. Mas esse período passou.

Jogadores como Sensini, Balbo, Fabián Basualdo, Jorge Theiler e Víctor Ramos, maior artilheiro da história do clube (110 gols), haviam deixado o Coloso del Parque e não havia margem para grandes investimentos. Até mesmo reservas, como era Batistuta na altura, saíram. Alguns jovens já integrados aos profissionais, somados a outros ascendentes e aos poucos atletas mais veteranos que seguiam no time — o goleiro Norberto Scoponi, o ídolo Gerardo Martino e o volante Juan Manuel Llop —, formaram a base da equipe, que buscou Julio Zamora no River Plate.

Bielsa Newell's Old Boys
Foto: Desconhecido/Arte: O Futebólogo

Embora já estivessem no time de cima, garotos como Julio Saldaña, Eduardo Berizzo, Pochettino, Cristian Ruffini e Fernando Gamboa presenciaram a ressignificação de seus papéis. E o que se viu só foi possível devido ao profissionalismo de gente como Martino. “Se Gerardo não tivesse aprovado o projeto, poderia tê-lo destruído. Foi algo que lhe trouxe dificuldades, mas seu comportamento foi um exemplo para os garotos. Eles pensavam consigo mesmos: ‘Se Tata Martino está fazendo isso, então por que nós não devemos fazer o mesmo?”, aferiu Bielsa, no mencionado A Virtude da Loucura: A Vida de Marcelo Bielsa.

Isso, a que Bielsa faz menção, foram as inovações implementadas por ele. Uma coisa era lidar com garotos nas categorias de base. Outra, completamente distinta, era o relacionamento com atletas estabelecidos. “A variedade de nossas táticas mudou a estrutura convencional do nosso futebol. Um mesmo cara podia jogar na zaga ou ir para o meio de campo ou abrir pelas pontas”, sustentou Pochettino, no mesmo livro. “Taticamente, foi uma mudança radical: ele alterou a preparação física, trabalhava muito as jogadas de bola parada e prestava muita atenção aos detalhes [...] O estilo era muito prático. Era bem agressivo, cada jogador deveria vencer seu duelo pessoal”, citou Llop, em A Pirâmide Invertida, de Jonathan Wilson.

Trabalhando conceitos basilares, como concentração permanente, mobilidade, rotação e imprevisibilidade, Marcelo mudou tudo no Coloso del Parque. Para ele, o futebol se revela um jogo cujo grande desafio é não conceder muitos espaços, ocupando-os bem e mantendo o time compactado. Assim, em 19 de agosto de 1990, aconteceu sua estreia no comando rojinegro: vitória por 1 a 0, diante do Platense, pelo Apertura.

Depois de derrapar contra Argentinos Juniors e Huracán, derrota e empate, o NOB deu impulso ao que seria uma campanha magnífica, vencendo o Unión Santa Fé. Só perderia mais uma vez, na sétima rodada, ante o River Plate. Curiosamente, essa derrota levaria o time a um dos momentos mais brilhantes do ano: vitória por 4 a 3, diante do odiado Rosario Central. Frustrado com o infortúnio diante dos Millonarios, Bielsa havia garantido ao irmão que se seu time marcasse cinco gols no dérbi, cortaria um dedo. Felizmente para ele, a vitória veio e foram marcados somente quatro tentos.

Naquele ano, o campeão argentino sairia da disputa entre os vencedores de Apertura e Clausura. Na rodada final da primeira metade do certame, o Newell’s Old Boys ficaria com a glória se vencesse o San Lorenzo. Na falta desse resultado, teria que torcer para o River Plate perder para o Vélez Sarsfield. A Lepra empatou, mas o Fortín venceu. Bielsa, que não conseguiu esperar o fim do jogo do River no estádio, correndo para a rua, estava em sua primeira decisão. Diante disso, voltou ao recinto bradando: “Newell’s carajo!”.


Depois de protagonizar uma campanha ruim no Clausura, marcado por intenso cansaço de um elenco curto, o NOB soube que precisaria superar o Boca Juniors para ficar com o título. A decisão acabaria sendo muito equilibrada. No Coloso del Parque, um tento do inquebrável Berizzo garantiu a vitória na ida. Na volta, já no final da partida jogada em La Bombonera, Gerardo Reinoso marcou para o Boca e o jogo foi para os pênaltis. Brilhou, então, a estrela do goleiro Scoponi. 

Já na primeira cobrança, parou Alfredo Graciani. Um pouco depois, salvou a cobrança de Claudio Rodríguez. No fim, o xeneize Walter Pico chutou alto. O time alinhado com Scoponi; Saldaña, Fullana, Pochettino e Berizzo; Llop, Martino, Domizi e Garfagnoli; Cozzoni e Zamora era campeão.


Cansaço, recuperação e mais cansaço


A temporada 1991-92 também seria repartida em duas: Apertura e Clausura. Porém, cada disputa valeria como título nacional, sem a necessidade de uma final. O time de Bielsa, ainda desgastado, fisica e mentalmente, dada a intensidade com que toda a novidade da campanha anterior havia sido assimilada, fez um Apertura horroroso. O NOB terminou na 18ª colocação, de 20 totais. Vale ressaltar, todavia, que Martino havia partido para uma breve empreitada no Tenerife.

Com o retorno de Tata, e também do antigo ídolo Juan José Rossi, além da promoção do meio-campista Alfredo Berti e da contratação do atacante paraguaio Alfredo Mendoza, o time deu sua resposta no Clausura 1992. As coisas começaram bem. Era fevereiro de 1992, quando os Leprosos superaram o Quilmes, na primeira rodada. O problema é que, três dias depois, sofreram uma demolição histórica.

Com o título argentino de 1990-91, o Newell’s Old Boys se classificara para a Copa Libertadores do ano seguinte. Na hora da disputa, dividiu o único grupo de cinco equipes com os chilenos Colo-Colo, Coquimbo e Universidad Católica, além do também argentino San Lorenzo, contra quem estreou. Em Rosário, o Ciclón varreu os donos da casa, 6 a 0. Novamente três dias mais tarde, já pelo campeonato nacional, a visita ao Unión Santa Fé terminou em igualdade sem gols. Seria possível dar a volta nessa situação? Sim, da melhor forma possível.

Na terceira rodada do Clausura, o NOB bateu o Rosario Central, 1 a 0. Era o início de uma sequência que consumaria uma invencibilidade de 11 jogos, quebrada somente na 15ª rodada, em derrota para o Estudiantes. Nesse meio tempo, sem dó, a Lepra venceu os rivais de Avellaneda, Racing e Independiente, e massacrou o River Plate, em Buenos Aires, 5 a 0. O time não voltaria a perder e ficaria com o título, somando dois pontos a mais do que Vélez Sarsfield e Deportivo Español. O que começara contra o Platense terminaria perante a mesma equipe, na rodada derradeira. Em 5 de julho de 1992, Bielsa se despediu do Newell’s Old Boys, com um empate fora de casa e mais uma conquista.


Nesse ínterim, El Loco, cuja alcunha já havia sido incorporada, também devolveu o time para a rota certa na Libertadores, promovendo inovações táticas e realocando jogadores. Como o desastre diante do San Lorenzo havia sido na primeira rodada, houve tempo para uma recuperação. O Rojinegro, que atuava em uma espécie de esquema 3-4-3, não perdeu mais na fase de grupos, acumulando quatro triunfos e três empates. Assim, avançou às oitavas de finais com a liderança do Grupo 1.

Primeiro, derrubou os uruguaios do Defensor Sporting, depois voltou a se superiorizar diante do San Lorenzo — a bem da verdade, lavando a alma com um placar agregado de 5 a 1. Nas semifinais, o drama tomou conta da eliminatória. Após dois empates por 1 a 1 contra os colombianos do América de Cali, uma disputa de pênaltis que terminou 11 a 10, levou o NOB à decisão continental.

Newell's Old Boys São Paulo
Foto: Desconhecido/Arte: O Futebólogo

Contra um fabuloso time do São Paulo, treinado por Telê Santana e que tinha as presenças de Cafu, Antonio Carlos Zago, Ronaldão, Raí, Müller e Palhinha, competiu de igual para igual. Em sua cidade, mas no Gigante de Arroyito, casa do Rosario Central e que tinha maior capacidade, venceu por 1 a 0, gol de Berizzo. No Morumbi, diante de 105.185 pessoas, Raí anotou para o Tricolor, que também triunfou pela margem de um gol. Outra vez, os pênaltis definiram o vencedor. 

Os brasileiros foram mais competentes. Apenas a cobrança de Ronaldão não entrou. Pelo lado argentino, Berizzo, Mendoza e Gamboa falharam. Foi um desfecho triste para quem se superou tanto, mas que não impediu um final de trajetória feliz para Bielsa, que dias depois ganharia o comentado Clausura.


Exausto, à exemplo de seu elenco, Marcelo precisou deixar sua casa, largar o lugar em que seu coração residia, mas que lhe exigia os maiores esforços emocionais. Assim, seguiu para os mexicanos do Atlas, clube que, à exemplo do Newell’s, beneficiar-se-ia de sua competência no desenvolvimento de jovens. Nos anos que se seguiram, poucos títulos vieram, mas o culto à sua figura só aumentou. Inclusive, vários de seus ex-comandados se tornaram também treinadores bem-sucedidos, com Martino, Berizzo e Pochettino sendo alguns dos mais proeminentes.

Bielsa não voltou a se sentar no banco rojinegro, mas o tempo evidenciou que o Coloso del Parque, ou melhor o estádio Marcelo Bielsa, como rebatizado em 2009, é sua casa. Foi o ponto de partida. Anos mais tarde, em 2018, o treinador doaria alguns milhões para a construção de um hotel para o NOB, projetado por sua irmã. “Na verdade, estou pagando uma dívida com os Newell’s Old Boys, não dando um presente”, comentou El Loco. O nome do edifício não precisa de maiores explicações: Jorge Griffa.

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