Que a temporada do Chelsea em 2015-2016 é algo para ser esquecido ninguém questiona. Apesar disso, estúpido seria não aproveitar todo o tempo existente até o início da próxima campanha para projetá-la. Assim, o clube anunciou oficialmente a chegada do italiano Antonio Conte, que o comandará após a Euro, e já especula nomes para possíveis transferências. Estas têm mostrado certo padrão e revelam algumas ideias e preferências do novo treinador.
Meio-campistas para dar estabilidade ao time
Durante toda o curso da presente
temporada, o Chelsea se mostrou um time frágil. O auge da explicitação disso
foi a escalação em alguns turnos do duo John Obi Mikel e Nemanja Matic,
jogadores que exercem função cada vez menos vista nos grandes clubes - o volante de contenção - e que, em
dupla, evidenciam os problemas defensivos do clube. Muitas vezes a defesa azul
falhou por ter sido mal protegida pelos meio-campistas e o esquema tático, amplamente
falando.

Mikel deve deixar o clube, este é
seu desejo e parece não haver oposição da direção. Assim, o elenco contará
apenas com Matic como opção de primeiro volante de maior marcação. Algo que não
deverá ser problema para o treinador italiano, que em seu período de sucesso na
Juventus nunca se apoiou em jogadores com essa característica. Todavia, os
especulados se encaixam no perfil que o treinador modelou.
Vidal dispensa maiores
apresentações e explicações pelo simples fato de ter sido treinado pelo
treinador na Vecchia Signora; Kanté e
Nainggolan são aquelas figuras híbridas, que sabem destruir o jogo e apresentam-se
para ele, com qualidade, na construção; e Miralem Pjanic é um pensador. Ainda
que com suas peculiaridades, estes nomes se assemelham àqueles com que Conte trabalhou
na Juventus. Vidal, Claudio Marchisio e Paul Pogba sempre se mostraram peças
que faziam os trabalhos defensivo e ofensivo e Andrea Pirlo, ainda que atuando
de forma interior, pensava o jogo.
Certamente, os jogadores
especulados traduzem a impressão de que Conte vê hoje um meio-campo desestabilizado
em Stamford Bridge. Esse quadro é bom também para o garoto Ruben Loftus-Cheek,
que vem mostrando características que, historicamente, o técnico italiano
valoriza.
Zagueiros!

Hoje, com as peças de que dispõe,
seria difícil para o treinador ter essa opção. Por isso, rapidamente passou a
ser ventilada a intenção de Conte de oferecer mais um ano de contrato para John
Terry e tentar o rompimento do contrato de empréstimo de Andreas Christensen (foto) junto ao Borussia Monchengladbach, vínculo que tem dois anos de duração.
Apesar disso, e mais importante,
o nome de Leonardo Bonucci, beque da Juventus e da Seleção Italiana, ganhou
muito peso recentemente.
Não fica claro se o treinador já
enxerga o Chelsea atuando como a Juve,
ou seja, com três zagueiros. Mas é cristalino que, além de interpretar que as
atuais opções que o time possui não são suficientes, o italiano quer ter a
possibilidade de jogar com três zagueiros. Bonucci é mais que acostumado a
atuar dessa forma e, em solo germânico, Christensen vem atuando com essa composição defensiva.
Centroavantes que dão possibilidades

O que estes nomes revelam?
Possibilidades. Tanto o belga quanto o uruguaio já atuaram em outras funções do
ataque e são muito afeitos ao jogo coletivo, outra característica que Conte
sempre prezou na Juventus. Lukaku e Cavani são capazes de fazer o trabalho de
pivô, cair pelas pontas e abrir espaços para incursões de seus companheiros.
Não são tão letais quando Diego Costa, mas são mais completos.
É impossível dizer qual é o fundo
de verdade destes rumores, mas o direcionamento que tem sido dado a eles revela
caminhos bem claros e que encontram identidade nas ideias de Antonio Conte.
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